Na revista Jaque de Outubro de 2008 tem um artigo sobre " Conexão sobre os pontos débeis" escrito pelo MI Daniel Kuzawka. Depois de explorar o tema ilustra - o com uma partida do nosso MI Rui Dâmaso. Uma miniatura de 13 lances. Uma obra prima!!
Por isso deixo-vos com esta partida comentada pelo autor do artigo.
Zill,Wang (2540) - Dâmaso, Rui (2415) [B01]
1996
1.e4 d5 A variante Escandinava 2.exd5 Cf6 3.d4 Bg4 As negras preferem seguir o desenvolvimento e entregar um segundo peão. Esta ideia proveniente de Damaso e foi baptizada "Variante Portuguesa". 4.f3 Bf5 O Bispo instala-se na diagonal forte. Embora tenha jogado duas vezes teve a importância de limitar o desenvolvimento das brancas. O cavalo g1 não pode ir agora para f3 directamente.E criou uma debilidade na diagonal e1–h4. 5.c4 e6! Esta jogada tem dois objectivos essenciais: a) prosseguir com o desenvolvimento e b) rebentar com o centro branco. 6.dxe6 Cc6! "As peças valem o que jogam e não pela existência no tabuleiro" - Roberto Grau é uma referência que devemos ter sempre presente. O desiquilibrio que agora existe entre as peças que jogam e as peças inoperantes salta à vista. 7.Be3 (Necessária. O avanço 7.d5 não é bom por causa de 7...Cb4. 7...Bb4+) 8.Cc3 De7! As negras têm a jogada natural 8...0–0, porém 8...0–0–0 cumpre o mesmo objectivo. Colocando a dama em e7 pressiona a coluna "e", onde as brancas têm as debilidades temporais, o bispo e3 e o Rei no centro. 9.d5 0–0–0 10.Da4
1996
1.e4 d5 A variante Escandinava 2.exd5 Cf6 3.d4 Bg4 As negras preferem seguir o desenvolvimento e entregar um segundo peão. Esta ideia proveniente de Damaso e foi baptizada "Variante Portuguesa". 4.f3 Bf5 O Bispo instala-se na diagonal forte. Embora tenha jogado duas vezes teve a importância de limitar o desenvolvimento das brancas. O cavalo g1 não pode ir agora para f3 directamente.E criou uma debilidade na diagonal e1–h4. 5.c4 e6! Esta jogada tem dois objectivos essenciais: a) prosseguir com o desenvolvimento e b) rebentar com o centro branco. 6.dxe6 Cc6! "As peças valem o que jogam e não pela existência no tabuleiro" - Roberto Grau é uma referência que devemos ter sempre presente. O desiquilibrio que agora existe entre as peças que jogam e as peças inoperantes salta à vista. 7.Be3 (Necessária. O avanço 7.d5 não é bom por causa de 7...Cb4. 7...Bb4+) 8.Cc3 De7! As negras têm a jogada natural 8...0–0, porém 8...0–0–0 cumpre o mesmo objectivo. Colocando a dama em e7 pressiona a coluna "e", onde as brancas têm as debilidades temporais, o bispo e3 e o Rei no centro. 9.d5 0–0–0 10.Da4
10...Cxd5! A relação de peças é muito favorável às negras. E é o momento certo para sacrificar material, antes que as brancas tenham tempo para resolver os seus problemas. O sacrificio do cavalo abre linhas para o ataque e ganha tempos preciosos. O Rei branco assim não pode sair do centro. Por isso rebentar o centro foi a melhor opção como vamos ver, 11.cxd5 Dh4+!
Quando há mais que uma debilidade, isto pode gerar jogada, plano, combinação contra elas, já que as ditas debilidades estão em pontos opostos. Observe-se que a dama negra faz uma triangulo entre o Rei branco e a Dama branca. Ou seja há a ameaça Bxç3+ e as negras ganharem a Dama. Logo g3 não é possivel.12.Rd1 [12.Re2 o mais resistente 12...Cd4+ 13.Bxd4 Dxd4–+] 12...Txd5+! o golpe final está perto!! 13.Cxd5 De1# 0–1
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