PAULO DIAS
Entrevistámos o vencedor da décima edição do Torneio da Cela, o MI Paulo Dias.
1. Paulo ganhaste a décima edição do Torneio Internacional de Xadrez da Cela. não é a primeira que vens ao Centro Cénico da Cela jogar um torneio. O que achaste deste Torneio?
Considero este torneio uma excelente iniciativa. A organização e a arbitragem foram de grande qualidade o que valorizou os jogadores e as partidas disputadas. Pessoalmente tive algumas dificuldades nos primeiros jogos, o que nem sempre acontece nos torneios disputados em sistema suiço, mas acabei por conseguir ganhar esses jogos. O momento decisivo foi a vitória (feliz) sobre o José Padeiro na 5ª ronda que me deixou isolado na liderança. Penso que todos os responsáveis pela realização deste torneio estão de parabéns pelas excelentes condições que proporcionaram aos jogadores.
2. O que podes dizer a estes jovens que estiveram aqui a jogar?
Espero que continuem a evoluir. O nível médio do torneio estava bastante alto, não havendo grande diferença de qualidade nos jogadores das primeiras mesas e os jogadores da mesa 20. Pude observar muitas partidas interessantes ao longo de todo o torneio que confirmam as expectativas sobre o potencial dos jovens jogadores em Portugal, em particular na região de Leiria. Destaco obviamente a classificação do sub-16 Daniel Bray em 8º lugar apenas uma posição atrás do MI Rui Dâmaso.
3. O que pensas do trabalho realizado aqui no distrito de Leiria?
Daquilo que conheço, só posso dizer bem. Os resultados começam a aparecer como foi o caso nos Campeonatos Nacionais de Jovens ou no Peón d´Oro do último ano. Acho que é preciso alertar os jovens que para obter sucesso no Xadrez existem várias fases a ultrapassar. Usualmente, quando se é novo e se tem talento conseguem-se títulos distritais e por vezes, mesmo nacionais, nos escalões até aos sub-14. Isto reflecte normalmente um potencial do jogador, capacidade de cálculo e de concentração, etc. Para conseguir alcançar um novo patamar de sucesso e obter títulos nos escalões seguintes é precisa alguma dedicação ao Xadrez por parte do próprio jogador, é importante que este não veja Xadrez só quando está com o treinador, no caso de o ter. Conhecer profundamente as aberturas que se jogam regularmente, analisar jogos de grandes mestres que permitam boas noções de meio-jogo e ter presentes os finais elementares e conceitos fundamentais. Obviamente que o talento continua a ser importante mas muitas vezes insuficiente.Claro que dedicação ao Xadrez implica gosto pelo estudo do Xadrez e não apenas pela competição. Como em qualquer outra actividade, o bom treino é o segredo do sucesso.
4. Quais as perguntas que gostarias de responder e que não perguntámos? Responde a estas perguntas.
Também não me lembro de outras perguntas.
Obrigado Paulo Dias pela tua disponibilidade em responder para o nosso blog.
entrevista conduzida por - José Cavadas
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